terça-feira, 19 de novembro de 2013

UM SERMÃO DE ESPERANÇA

Hagia Sion - Israel 2011


John Egglen nunca tinha pregado um sermão na sua vida. Nunca.

Não que não quisesse, apenas nunca tinha precisado. Mas uma manhã ele precisou. A neve tinha deixado sua cidade, Colchester completamente branca. Quando acordou naquele domingo de janeiro de 1850, achou melhor ficar em casa. Quem iria para a igreja com aquele tempo?

Mas ele pensou melhor. Afinal de contas era o diácono. E, se os diáconos não fossem, quem iria? Vestiu as botas, seu chapéu, seu casaco e caminhou quase dez quilômetros até a igreja Metodista.

Ele não foi o único membro que pensou em ficar em casa. Na verdade, foi um dos poucos que veio até a igreja. Só havia treze pessoas: doze membros e um visitante. Até o ministro ficou preso pela neve. Alguém sugeriu que eles fossem para casa. Egglen não quis ouvir. Afinal, tinham vindo até ali; teriam o culto. Além disso, havia um visitante. Um jovem de 13 anos.

Mas quem faria a pregação? Egglen era o único diácono. Sobrou para ele.

E ele fez. Seu sermão durou apenas dez minutos. Ele viajou um pouco e não se concentrou em nenhum aspecto, apesar do esforço para falar sobre muita coisa. Mas, no final, uma coragem pouco comum tomou conta do homem. Ele levantou os olhos e mirou bem no rapaz, desafiando-o:

- Jovem, olhe para Jesus. Olhe! Olhe! Olhe!

Esse desafio fez alguma diferença? Deixemos que o rapaz, agora um homem, responda.

- Eu olhei, e naquele momento a nuvem que estava sobre o meu coração se levantou,  a escuridão desapareceu e naquele instante eu vi o sol.

O nome do rapaz? Charles Haddon Spurgeon. O príncipe dos pregadores da Inglaterra.

Será que Egglen sabia o que tinha feito? Não.

Os heróis sabem quando são heróis? Raramente.
 
 
 
“As palavras que eu lhes disse são espírito e vida.” João 6:63
 
 
 
Gente Como A Gente – Max Lucado

Nenhum comentário:

Postar um comentário