Hagia Sion - Israel 2011
John Egglen nunca tinha pregado um sermão na sua vida. Nunca.
Não que não quisesse, apenas nunca tinha precisado. Mas
uma manhã ele precisou. A neve tinha deixado sua cidade, Colchester
completamente branca. Quando acordou naquele domingo de janeiro de 1850, achou
melhor ficar em casa. Quem iria para a igreja com aquele tempo?
Mas ele pensou melhor. Afinal de contas era o diácono. E,
se os diáconos não fossem, quem iria? Vestiu as botas, seu chapéu, seu casaco e
caminhou quase dez quilômetros até a igreja Metodista.
Ele não foi o único membro que pensou em ficar em casa.
Na verdade, foi um dos poucos que veio até a igreja. Só havia treze pessoas:
doze membros e um visitante. Até o ministro ficou preso pela neve. Alguém
sugeriu que eles fossem para casa. Egglen não quis ouvir. Afinal, tinham vindo
até ali; teriam o culto. Além disso, havia um visitante. Um jovem de 13 anos.
Mas quem faria a pregação? Egglen era o único diácono.
Sobrou para ele.
E ele fez. Seu sermão durou apenas dez minutos. Ele
viajou um pouco e não se concentrou em nenhum aspecto, apesar do esforço para
falar sobre muita coisa. Mas, no final, uma coragem pouco comum tomou conta do
homem. Ele levantou os olhos e mirou bem no rapaz, desafiando-o:
- Jovem, olhe para Jesus. Olhe! Olhe! Olhe!
Esse desafio fez alguma diferença? Deixemos que o rapaz,
agora um homem, responda.
- Eu olhei, e naquele momento a nuvem que estava sobre o
meu coração se levantou, a escuridão
desapareceu e naquele instante eu vi o sol.
O nome do rapaz? Charles Haddon Spurgeon. O príncipe dos
pregadores da Inglaterra.
Será que Egglen sabia o que tinha feito? Não.
Os heróis sabem quando são heróis? Raramente.
“As palavras que eu lhes disse são espírito e vida.” João
6:63
Gente Como A Gente – Max Lucado
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