Vinhedos em Mendoza - Argentina
"Um pouco de chuva pode reerguer a haste de uma flor; um pouco de amor pode mudar uma vida."
Nos últimos cinco anos, minha mãe esteve em um asilo
perto da minha casa. Nos primeiros meses, achei difícil ver cor por entre
rugas, os andadores, as cadeiras de roda e as dentaduras. Cada visita era um
lembrete deprimente da saúde precária e da memória em processo de degeneração
da minha mãe.
Então tentei praticar a mensagem de um dos meus livros, “Todo
dia é um dia especial”. Ou seja, dar uma chance ao dia, até mesmo aos dias da
velhice. Comecei a procurar sinais de viço entre as pessoas.
A lealdade de Elaine, também com 87 anos, que se senta
com minha mãe à mesa do almoço. Ela corta a comida para que minha mãe possa
comer.
O entusiasmo inabalável de Lois, de quase 80 anos, que,
apesar da artrite nos dois joelhos, apresenta-se de livre e espontânea vontade
para servir o café da manhã todos os dias.
O amor histórico de Joe e Barbara, comemorando setenta
anos, não de vida, mas de casamento. Eles se alternam para empurrar a cadeira
de rodas um do outro. A artrite deixou as juntas dos dedos das mãos dela
enormes. Estávamos conversando há menos de cinco minutos quando ele mencionou o
assunto para mim, demonstrando sua preocupação.
E há também Bob, que perdeu a fala e parte dos movimentos
por causa de um acidente vascular cerebral. A foto em sua porta mostra um Bob
mais jovem, vestindo com elegância uma farda; costumava dar ordens para
comandar tropas. Hoje a mão boa dele comanda a alavanca de sua cadeiras de
roda, e ele vai de mesa em mesa desejar um bom dia a todos os residentes,
emitindo o único som que consegue: “Bmph”.
Costumava ver idade, doença e decadência. Hoje vejo amor,
coragem e indestrutível altruísmo.
Todo Dia É Um Dia Especial – Max Lucado
Nenhum comentário:
Postar um comentário