domingo, 27 de outubro de 2013

VEJO AMOR E ALTRUÍSMO


Vinhedos em Mendoza - Argentina


 
"Um pouco de chuva pode reerguer a haste de uma flor; um pouco de amor pode mudar uma vida."
 
Nos últimos cinco anos, minha mãe esteve em um asilo perto da minha casa. Nos primeiros meses, achei difícil ver cor por entre rugas, os andadores, as cadeiras de roda e as dentaduras. Cada visita era um lembrete deprimente da saúde precária e da memória em processo de degeneração da minha mãe.
 
Então tentei praticar a mensagem de um dos meus livros, “Todo dia é um dia especial”. Ou seja, dar uma chance ao dia, até mesmo aos dias da velhice. Comecei a procurar sinais de viço entre as pessoas.
 
A lealdade de Elaine, também com 87 anos, que se senta com minha mãe à mesa do almoço. Ela corta a comida para que minha mãe possa comer.
 
O entusiasmo inabalável de Lois, de quase 80 anos, que, apesar da artrite nos dois joelhos, apresenta-se de livre e espontânea vontade para servir o café da manhã todos os dias.
 
O amor histórico de Joe e Barbara, comemorando setenta anos, não de vida, mas de casamento. Eles se alternam para empurrar a cadeira de rodas um do outro. A artrite deixou as juntas dos dedos das mãos dela enormes. Estávamos conversando há menos de cinco minutos quando ele mencionou o assunto para mim, demonstrando sua preocupação.
 
E há também Bob, que perdeu a fala e parte dos movimentos por causa de um acidente vascular cerebral. A foto em sua porta mostra um Bob mais jovem, vestindo com elegância uma farda; costumava dar ordens para comandar tropas. Hoje a mão boa dele comanda a alavanca de sua cadeiras de roda, e ele vai de mesa em mesa desejar um bom dia a todos os residentes, emitindo o único som que consegue: “Bmph”.
 
Costumava ver idade, doença e decadência. Hoje vejo amor, coragem e indestrutível altruísmo.
 
 
Todo Dia É Um Dia Especial – Max Lucado

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